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Mulher, mãe e profissional: uma experiência de equilíbrio

  • Foto do escritor: Cris Dorini
    Cris Dorini
  • 1 de mai.
  • 4 min de leitura

Ser mulher é uma experiência que demanda equilibrar muitos pratinhos, sem deixar cair ou quebrar nada. Quando o assunto é maternidade, a discussão fica ainda mais complexa, afinal parece que escolher ser mãe é abrir mão de uma carreira de sucesso.



Charles Negre – Lambert Lambert
Charles Negre – Lambert Lambert

O mês de maio sempre traz muita reflexão sobre a importância da figura materna na vida de todos. Porém, quando pensamos na realidade que as mães enfrentam no mercado de trabalho, nem sempre vemos essa importância sendo reconhecida.



Maternidade vista como percalço


O Ministério da Saúde mostrou que o número de mulheres que optaram por ter filhos após os 40 anos de idade aumentou para 49,5% em 20 anos. 


Num cenário em que os cuidados com os filhos ainda recaem principalmente sobre mulheres, parte do mercado tende a validar essa balança desigual quando prolonga a licença-maternidade e não dedica atenção à licença-paternidade. 


Uma das consequências disso é a maternidade vista como um “percalço natural” na carreira das mulheres, com reflexos, muitas vezes, na ascensão profissional e na remuneração. 


Então, qual a saída? 



Como as empresas podem ser mais inclusivas


Os melhores benefícios empresariais são aqueles capazes de satisfazer, engajar e reter talentos. 


Mais do que complementar o salário, essas ofertas mostram a preocupação da organização com seus colaboradores e sua disposição de investir em pessoas. 


O que a CLT determina hoje é que as mães tenham licença de 120 dias, sendo este período prorrogável em caso de recomendação médica.


Porém, para ser inclusiva, uma empresa precisa e pode fazer mais. 


Um dos caminhos para essa inclusão é fazer parte do Programa Empresa Cidadã, que concede benefícios fiscais a empresas que prolongam a licença-maternidade e a paternidade.


Além disso, ter atenção à volta dessa mãe da licença-maternidade é fundamental para que ela se sinta segura. 


Oferecer um regime home-office, com horário flexível e um ambiente acolhedor, são alguns meios que podem fazer com que essa mulher tenha mais autonomia para realizar suas atividades no período que for melhor para ela.


Como consequência, sua empresa poderá contar com uma profissional, satisfeita e produtiva.


O Ministério da Saúde mostrou que o número de mulheres que optaram por ter filhos após os 40 anos de idade aumentou para 49,5% em 20 anos.
O Ministério da Saúde mostrou que o número de mulheres que optaram por ter filhos após os 40 anos de idade aumentou para 49,5% em 20 anos.

E por falar em licença-paternidade…


Uma pesquisa feita pelo IBGE, em 2021, mostra que apenas 54,6% das mulheres com filhos pequenos estão empregadas, enquanto o número de homens empregados com filhos pequenos é de 89,2%. 


Uma visão discriminatória e machista de que a mulher é a principal responsável pela criação de filhos. Em entrevistas de emprego, é comum mulheres serem questionadas se pretendem engravidar, se querem ter filhos ou, no caso daquelas que são mães, são feitas uma série de perguntas relacionadas aos filhos. 


Esse cenário é muito diferente com homens, eles dificilmente são questionados sobre isso. Por que?


É essencial entendermos que o cuidado e a criação dos filhos não é apenas responsabilidade da mulher. Os pais também devem fazer parte desse papel.


Para garantir isso, é importante que eles também tenham licença-paternidade estendida, que vá além dos 5 a 20 dias previstos em lei.


Essa medida é essencial para garantir igualdade de oportunidades e para que nem a paternidade e nem a maternidade, impactem negativamente no desenvolvimento profissional.


O poder e impacto das mulheres dentro das organizações


O relatório Women in Business and Management: The Business Case for Change, divulgado recentemente pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), órgão pertencente à ONU, aponta que empresas com líderes femininas têm resultados até 20% melhores.


A presença de mulheres nos cargos mais altos traz efeitos positivos para a receita, a criatividade e a produtividade das companhias, segundo o estudo.


Porém, esse resultado vai na contramão do que realmente acontece: hoje, menos de um terço dos conselhos de administração empresariais possui pelo menos 30% de participação feminina - percentual indicado como adequado para a igualdade.

Inclusive, o percentual de mulheres executivas sem filhos é maior do que o de homens (45% executivas, para 19,3% dos homens). 

Os primeiros passos que já estão transformando esse cenário


A 5ª edição brasileira do GPTW Mulher premiou 70 empresas de médio e grande porte, nos primeiros lugares das empresas de grande porte estão o Mercado Livre, Dell Technologies e Johnson & Johnson, respectivamente.


Elas se destacaram em 2021 por políticas de equidade de gênero. Porém, mesmo nessas companhias, as mulheres representam em média 52% dos funcionários, o mesmo percentual registrado na edição de 2020. 


A representatividade é de 44% na liderança geral e 26% na alta liderança – no ano passado, os percentuais eram de 41% e 32%, respectivamente. Apenas 13% das empresas têm mulheres no cargo de CEO, e elas ocupam 28% das posições em conselhos de administração.


Ainda assim, as mulheres que ocupam cargos na alta liderança ganham, em média, 15,8% a menos do que os homens. A diferença é de 18,8% em outros níveis de liderança e 1% em outros cargos.

Sou Cris Dorini, Especialista em Gestão de Imagem e Marca Pessoal. Minha atuação se expande por diversas frentes: sou mentora, palestrante, docente e conselheira consultiva. Combinando um olhar detalhista e estratégico com uma ampla rede de contatos e conexões, tenho como foco oferecer soluções práticas e eficazes para empresas e executivos. Com 25 anos de experiência no mercado corporativo, minha missão é transformar desafios em resultados concretos. Sou apaixonada pelos universos corporativo, educacional, de luxo e pelo trabalho voluntário. Sou coautora dos livros Mentores e Suas Práticas de Sucesso e Consultoria de Imagem: Relações Humanas, Inclusão e Respeito — Histórias Brasileiras e Portuguesas. No meu tempo livre, sou entusiasta da corrida e do pilates, atividades que complementam meu equilíbrio e energia.




 
 
 

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